Droga anticalvície pode diminuir risco de câncer de
próstata em 30%

Em altas doses, finasterida é indicada para tumor ou aumento da
glândula. Pesquisa nega que remédio aumente mortes por tipo agressivo da
doença. Um estudo feito pela Universidade do Missouri, nos EUA, sobre a
segurança do medicamento finasterida aponta que a droga pode reduzir em 30% o
risco de câncer de próstata – glândula do sistema reprodutor masculino, do
tamanho de uma castanha, que produz parte do sêmen. Os resultados também sugerem
que o remédio não aumenta as mortes por uma forma agressiva da doença, como
concluíram pesquisas anteriores.
Segundo os autores, liderados
por Michael LeFevre, esse trabalho pode levar a uma nova perspectiva sobre o
uso do medicamento para prevenção do câncer de próstata. Na opinião dos
especialistas, a finasterida poderia evitar milhares de casos por ano, além de
poupar muitos homens de tratamentos com efeitos colaterais desagradáveis.
Em altas doses, o remédio é
indicado para tratar o aumento da próstata (chamada hiperplasia benigna, que
leva a problemas urinários) ou o câncer. Já, em baixas dosagens, é recomendado
para a calvície.
Há 18 anos, cientistas haviam
verificado que a finasterida poderia diminuir o risco de câncer de próstata,
mas também havia sido detectado um pequeno aumento de tumores agressivos entre
os usuários. De acordo com alguns pesquisadores, porém, a droga não causava esses
tipos de câncer, apenas fazia com que eles ficassem mais fáceis de ser
detectados em uma biópsia.
Apesar disso, essa
preocupação levou a agência Food and Drug Administration (FDA), que regula
alimentos e remédios nos EUA, a rejeitar a finasterida para prevenção do câncer
de próstata, incluindo avisos nas embalagens dos produtos.
Para LeFevre, o novo estudo é
"reconfortante", pois, se o medicamento realmente estimulasse tumores
letais, teria havido mais mortes entre os usuários ao longo do tempo, o que não
ocorreu. (Fonte: G1)
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