Sesab critica
‘sensacionalismo’ da Globo e aponta erro humano no registro de homem que deu à
luz

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) emitiu nota
nesta segunda-feira (9) criticando a TV Globo pela exibição de uma reportagem
no Fantástico e no Bom Dia Brasil, denunciando o caso de um homem que teria
realizado uma cesárea no Hospital Roberto Santos. A pasta afirma que o caso de
Edmilton Conceição Silva aconteceu por “falha humana no processo de digitação”
da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), documento ligado diretamente ao
Sistema de Informação do Ministério da Saúde. A Sesab também nega que o erro
tenha gerado prejuízo, ao contrário da matéria do Fantástico, que ponta um
gasto extra de R$ 1 mil. “O valor repassado pelo ministério para esta unidade é
fixo, não variando pelo número de procedimentos realizados pelo hospital”,
justificou a secretaria. No documento emitido pelo hospital consta que Edmilton
passou 6 dias internado e foi liberado após ter alta médica, juntamente com o
recém-nascido, sendo que na verdade o paciente ficou menos de 24 horas na
unidade.
A Sesab mantém o argumento de que se trata de uma
falha de digitação. “O Hospital Geral Roberto Santos lança anualmente mais de 1,6
milhões de procedimentos e que cada digitador preenche em média cerca 400
procedimentos/dia. A Sesab entende ser humanamente impossível, com um volume de
dados processados desta magnitude, não haver nenhum tipo de falha humana, no
entanto, tem exercido rigorosa fiscalização e já realizou diversas mudanças
processuais e no quadro de digitadores, como a ocorreu em 2012, quando cinco
profissionais foram afastados da função por lançamentos de informações
inconsistentes”, diz a nota. Ao final do argumento, a secretaria ainda criticou
o que chamou de “sensacionalismo” da TV Globo. “A Sesab lamenta que falhas
pontuais, como a ocorrida no HGRS, sejam exibidas de maneira sensacionalista,
recheada adjetivação, tendo depoimentos editados com o intuito de corroborar
com a tese levantada pela emissora sobre fraudes no processo para
descredibilizar o Sistema Único de Saúde (SUS)”, finalizou o órgão, que cobrou
mais verbas do governo federal.
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