Igrejas reagem
contra “legalização do aborto”; CNBB critica Dilma pela sanção

Na campanha presidencial de 2010, o tema aborto infernizou a vida
da então candidata Dilma Rousseff. Seus adversários, em especial o
ex-governador José Serra (PSDB), a acusaram de ser favorável à legalização do
aborto, na tentativa de retirar dela o apoio de católicos e evangélicas e de
outras religiões. Após intensa polêmica, ainda durante a campanha eleitoral,
ela terminou assinando uma carta na qual se comprometeu a não alterar, de
nenhuma forma, a legislação brasileira sobre o tema. Três anos depois, a controvérsia
está de volta. Lideranças católicas e evangélicas não aceitam a decisão tomada
por Dilma na última quinta-feira de sancionar sem vetos a Lei 12.845/13, a
chamada Lei das Vítimas Sexuais. Para elas, o texto publicado ontem
no Diário Oficial abre brechas para a realização de abortos com
amparo legal.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota oficial
para expressar sua insatisfação. Como o Congresso em Foco informou no
último dia 18, a entidade e outras organizações religiosas se reuniram na
véspera com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para pedir que
fossem suprimidos do projeto aprovado pelo Congresso dois dispositivos. O que
define violência sexual como “qualquer atividade sexual não consentida” e o que
dá a mulheres vítimas de violência sexual a possibilidade de fazer “profilaxia
da gravidez”. Fonte: Congresso em Foco.
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