Fumaça preta é
liberada; cardeais não escolhem novo papa em primeira votação
A primeira votação
do conclave que vai escolher o novo papa terminou sem nenhuma decisão. Às 19h42
(horário local, 15h42 em Brasília), a chaminé colocada no telhado da
Capela Sistina, no Vaticano, liberou uma fumaça preta, o que indica que os
115 cardeais que participam da votação não chegaram a um nome de consenso, que
alcançasse dois terços dos votos. Com isso, o processo continua na manhã desta
quarta-feira (13).
A fumaça foi
emanada duas horas e sete minutos depois de os cardeais se reunirem a portas
fechadas. A fumaça preta, muito densa, saiu pela chaminé com bastante volume e
por um bom tempo, para que não restassem dúvidas. Milhares de pessoas se
concentraram na Praça de São Pedro, sob chuva e frio, para aguardar a
fumaça.
A escolha do novo
papa começou nesta terça-feira (12), doze dias depois da renúncia de Bento XVI
ao cargo. Não há estimativa para a duração do ritual que vai escolher o
novo líder da Igreja Católica. A votação é sigilosa e os cardeais continuam
reclusos e incomunicáveis com o público exterior até que o nome seja escolhido.
Desde o começo do
século XX nenhum conclave durou mais de cinco dias. O mais longo da história
foi aquele que elegeu o papa Gregório X, que durou 2 anos e 9 meses (de 29 de
novembro de 1268 a 1º de setembro de 1271), e o mais curto o da escolha de
Júlio II em 1503, de apenas dez horas.
A palavra conclave
procede dos termos latinos 'cum' (com) e 'clavis' (chave), e foi adotada
precisamente no século XIII quando os cardeais deixaram vacante a sede
apostólica durante mais de dois anos, o que levou o governador de Viterbo
(Itália) a trancar (com chave) os cardeais até que finalmente elegessem
Gregório X.
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