Coisas
da Natureza
Jabuticaba:
nossa pequena é notável
Fruta
100% brasileira. Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores
espantosos de substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva e provavelmente
do vinho, que são festejados no mundo inteiro por evitarem infartos. A árvore
da jabuticaba chama-se jabuticabeira. É muito
utilizada na culinária para a fabricação de doces, sucos, geleias licores e
até mesmo vinho. Esta fruta silvestre é típica da Mata Atlântica ela cresce
grudada aos troncos e ramos da jabuticabeira, cada 100 gramas de jabuticaba apresentam,
aproximadamente, 45 calorias. Portanto, é uma fruta pouco calórica.
Estão
presentes na polpa da jabuticaba: ferro, fósforo, vitamina C e
boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que
facilita a digestão e ajuda a eliminar toxinas. Na casca escura existem teores
de pectina e
a peonidina,
além de um pigmento, antocianina, responsável pela coloração
azul-arroxeada da jabuticaba. No reino vegetal, a cor da
jabuticaba é devido à presença de antocianina,
serve para atrair os passarinhos. Isso é importante para espalhar as sementes e
garantir a perpetuação da espécie.
Para a
medicina, o interesse nas antocianinas é outro: elas têm uma potente ação antioxidante,
ou seja, ajudam a eliminar do organismo moléculas instáveis de radicais
livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para
compreender porque a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre
consumidores de alimentos ricos no pigmento. Ultimamente, surgiram estudos
apontando uma nova ligação: as substâncias antioxidantes também auxiliariam a
estabilizar o nível de açúcar no sangue dos diabéticos. Como a maior
concentração de antocianinas está na casca da jabuticaba, é recomendável
batê-la no preparo de sucos ou usá-la em geléias (as altas temperaturas não
afetam suas substâncias benéficas).
Aliás, no caso da jabuticaba, há outro
complicador. Delicada, a fruta se modifica assim que é arrancada da árvore.
"Como tem muito açúcar, a fermentação acontece no mesmo dia da
colheita", conta a engenheira agrônoma Sarita Leonel, da Universidade
Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é guardá-la em saco plástico e na
geladeira.
O professor
Lelington conta que costuma mastigar as cascas e engoli-las; além das
antocianinas, ela evita a prisão de ventre. Ele também mastiga as sementes e as
engole, pois contém elementos antialérgicos.
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