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03 março 2013


Coisas da Natureza

Jabuticaba: nossa pequena é notável

 



Fruta 100% brasileira. Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores espantosos de substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva e provavelmente do vinho, que são festejados no mundo inteiro por evitarem infartos. A árvore da jabuticaba chama-se jabuticabeira. É muito utilizada na culinária para a fabricação de doces, sucos, geleias  licores e até mesmo vinho. Esta fruta silvestre é típica da Mata Atlântica ela cresce grudada aos troncos e ramos da jabuticabeira, cada 100 gramas de jabuticaba apresentam, aproximadamente, 45 calorias. Portanto, é uma fruta pouco calórica.
Estão presentes na polpa da jabuticaba: ferrofósforovitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ajuda a eliminar toxinas. Na casca escura existem teores de pectina e a peonidina, além de um pigmento, antocianina, responsável pela coloração azul-arroxeada da jabuticaba. No reino vegetal, a cor da jabuticaba é devido à presença de antocianina, serve para atrair os passarinhos. Isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da espécie.
Para a medicina, o interesse nas antocianinas é outro: elas têm uma potente ação antioxidante, ou seja, ajudam a eliminar do organismo moléculas instáveis de radicais livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para compreender porque a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre consumidores de alimentos ricos no pigmento. Ultimamente, surgiram estudos apontando uma nova ligação: as substâncias antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o nível de açúcar no sangue dos diabéticos. Como a maior concentração de antocianinas está na casca da jabuticaba, é recomendável batê-la no preparo de sucos ou usá-la em geléias (as altas temperaturas não afetam suas substâncias benéficas).
Aliás, no caso da jabuticaba, há outro complicador. Delicada, a fruta se modifica assim que é arrancada da árvore. "Como tem muito açúcar, a fermentação acontece no mesmo dia da colheita", conta a engenheira agrônoma Sarita Leonel, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é guardá-la em saco plástico e na geladeira.
O professor Lelington conta que costuma mastigar as cascas e engoli-las; além das antocianinas, ela evita a prisão de ventre. Ele também mastiga as sementes e as engole, pois contém elementos antialérgicos.

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